A educação brasileira — com ênfase nas especificidades da realidade amazônica — foi o tema central do seminário realizado nesta sexta-feira, 27 de junho, no Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco. O encontro foi proposto e conduzido pela deputada federal Socorro Neri (PP-AC), que preside a Frente Parlamentar pela Inclusão e Qualidade na Educação Particular (FPeduQ) e é vice-presidente da Comissão Especial que discute o novo Plano Nacional de Educação (PNE) na Câmara dos Deputados.
Com o objetivo de fortalecer o debate sobre as diretrizes que irão orientar a política educacional brasileira na próxima década, o seminário reuniu educadores, estudantes, gestores públicos e representantes da educação estadual e municipal. O foco do encontro foi ampliar a escuta sobre temas como a educação do campo, das florestas e escolar indígena — realidades fortemente presentes no contexto do Acre.
Entre os participantes, estiveram o professor e membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Israel Batista, e o representante do Ministério da Educação, Leo de Brito, que contribuíram com perspectivas técnicas e institucionais sobre o processo de elaboração do novo PNE.

Para Socorro Neri, o debate público é essencial para garantir um plano que contemple as múltiplas realidades do país. “Sobretudo sobre a educação do campo, das florestas, a educação escolar indígena, com as condições que nós temos aqui, como as questões climáticas que durante seis meses fazem a trafegabilidade por rios e igarapés, e nos outros seis meses é possível apenas pelos ramais. Então, nós temos uma dificuldade imensa de ofertar transporte e de fazer com que a educação chegue até onde os alunos estão”, afirmou.
Durante o evento, a deputada também foi questionada sobre o Novo Ensino Médio e seus impactos positivos e negativos na rede de ensino. “Esse novo ensino médio, que ainda está sendo iniciada a implementação, necessita de uma análise mais fundamentada para chegarmos a um consenso se a mudança foi favorável ou não. No momento penso que ainda é muito prematuro qualquer avaliação neste sentido”, declarou.
A escuta pública realizada no Acre integra o calendário de discussões promovidas pela Comissão Especial do PNE em diversos estados brasileiros, reunindo contribuições da sociedade civil, instituições de ensino e entes federativos.
Assessoria de Imprensa FPEDUQ – Capuchino Press
Fotos: Luís Oliveira/Portal Acre